Xadrez na Idade media
O xadrez como representação da sociedade: as peças e movimentos no tabuleiro
Durante a Idade Média, as peças de xadrez eram apresentadas como representações simbólicas da sociedade. O frade Jacobus de Cessolis, no final do século XIII, descreveu cada peça simbolizando uma profissão diferente.
Por exemplo, o bispo representava um juiz, o peão "h" era um trabalhador agrícola, o peão "g" era um trabalhador de metais, o peão "f" era um fabricante de tecidos, o peão "e" era um comerciante, o peão "d" era um médico, o peão "c" era um dono de taberna, o peão "b" era um guarda de tributos e o peão "a" era um corredor ou jogador.
O frade descrevia esses personagens com seus respectivos trajes e as obrigações morais de cada profissão representada pelas peças.
Os movimentos das peças também refletem os poderes da sociedade. O movimento do rei e sua capacidade de captura ocorrem em todas as direções, representando o poder e a autoridade do monarca.
A Torre representa os juízes itinerantes que viajam por todo o reino e seu movimento é sempre reto, simbolizando o caminho da retidão e da justiça.
Os peões são considerados homens pobres, e seu movimento é sempre reto, exceto quando estão capturando outras peças.